Confundir para Dividir! Não!

No ano 2018 viveram-se períodos de grande complexidade na empresa, nos quais os trabalhadores souberam encontrar respostas para todas as situações em que foi necessário intervir numa perfeita ligação com as estruturas representativas dos trabalhadores.

Realizaram-se cerca de 20 Plenários nos quais os trabalhadores discutiram, aprovaram propostas e mandataram a Comissão de Trabalhadores para negociar com a administração. O resultado final foi apresentado em Plenário e, seguidamente, aprovado de forma esmagadora, em Referendo.

Nos Plenários os trabalhadores foram alertados que estávamos perante uma luta entre o trabalho e capital e não uma luta jurídica. O aviso foi dado e que ninguém diga que não foi avisado.

Minar a unidade dos trabalhadores

Há um velho ditado “mentir para desunir”. É neste contexto que surgem com um engodo instigador intitulado «vem construir o teu sindicato», «novo e independente». Novo não é porque os grupelhos divisionistas não são novidade ao longo da História, e a sua independência é visivelmente duvidosa, basta estar atento.

Em termos sindicais, o Sindicato dos Metalúrgicos, actuamente, SITE-SUL (CGTP-IN) foi fundado antes da Revolução de Abril por homens e mulheres corajosos, porque os tempos eram muito difíceis. Há cerca de meio século que este sindicato está ligado a todos os direitos que os trabalhadores conquistaram. Então, porquê dividir? A quem serve a divisão dos trabalhadores? Basta pensar um pouco e a administração vai esfregando as mãos de contente!

A Mentira e a contradição

Afirmam «a força reside nos trabalhadores» e depois dizem «foi o processo jurídico que permitiu um acordo melhor na fábrica». Vejam a contradição!

Então não foi a força dos trabalhadores e a sua firmeza demonstrada nos Plenários que aprovou e mandatou a C.T. para discutir com a administração? Desvalorizam as posições de milhares de trabalhadores e valorizam um «processo jurídico»!

Se assim é, porque não prosseguiram com o processo jurídico? Porque desistiram? Na verdade, o referido «processo jurídico» revelou-se uma verdadeira intrujice onde foram “embrulhados” outros trabalhadores. Para além do tribunal não ter determinado a suspensão do horário, é necessário referir que estes trabalhadores já desistiram do referido «processo» e que solicitaram serem reintegrados no AE19 com as condições do último acordo interno aprovado em referendo pela esmagadora maioria dos trabalhadores.

A Unidade é Decisiva

Claro que neste «processo» há os que criaram a onda, com alguém a soprar e há os que se deixaram ir na onda! Para quem conhece os trabalhadores da VW Autoeuropa e a sua nobreza de carácter sabe que mesmo os que se deixaram enrolar saberão sair de cabeça erguida e contribuir para a unidade deste grande coletivo porque esta é a única forma de enfrentar a administração e não repetir fracassos.

Como todos se lembram, são estes os autores da célebre “vigília” que reuniu pouco mais de 20 à portaria. «Trás a família!», apelavam. Nem a própria família convenceram e a imagem que surgiu na comunicação social foi um redondo fiasco dos trabalhadores da Autoeuropa.

Os trabalhadores em unidade lutam por vitórias, não se deixam envolver em aventuras que conduzem ao fracasso e á derrota. A sua unidade é decisiva, em torno dos seus verdadeiros representantes, aqueles que sempre estiveram presentes em todos os momentos, para enfrentar as batalhas que se avizinham.