Uma atitude inqualificável

Um representante que se diz dos trabalhadores quando mente é sempre mau. Mas quando a mentira é divulgada no dia 1 de Maio, dia de tamanho significado para os trabalhadores, é inqualificável. Mas o mais grave é que além de ser mentira, cheira a favor.  

Tudo isto vem a propósito de um artigo publicado no Público de 01/05/06 em que António Chora intitulando-se de coordenador da C.T. da Autoeuropa, (que não o é), faz afirmações de bradar aos céus.

Além dos elogios feitos à administração da Autoeuropa, afirma em determinada altura «temos reuniões semanais com a administração onde nos é fornecida toda a informação que solicitamos, e que depois transmitimos aos trabalhadores.» É preciso ter lata!

É do conhecimento geral que a Autoeuropa tem-se recusado a cumprir a Constituição da Republica e as próprias disposições do código do trabalho, não dando à comissão de trabalhadores informações relativas aos dados económicos e financeiros da empresa, tal como está estabelecido na Lei e tem procurado impor negociações baseadas, principalmente, no desconhecimento da situação da empresa.

É de perguntar a A.Chora porque mente, sabendo que a empresa deixou de tornar públicos os dados económicos e financeiros.

Fê-lo nos anos de 1990 a 2000, anos em que a Autoeuropa apresentou lucros que se situaram entre os 16 e os 30 milhões de contos.

É de perguntar, porque é que os companheiros de A.Chora se incomodam pelo facto dos membros da Lista C na C.T. proporem que esta exija que a administração, da Autoeuropa forneça, nomeadamente, Relatórios e Contas de 2005, Orçamento 2005 e Execução, e Plano e Orçamento 2006? É que até agora nada foi fornecido, ao contrário do que afirma A.Chora.