Sobre a aplicação unilateral e administrativa das novas condições salariais e sociais aos trabalhadores da VW Autoeuropa

No decorrer desta semana foram comunicadas aos trabalhadores da VW Autoeuropa as novas condições salariais e sociais para 2016/17.
Perante esta situação, entendemos transmitir o seguinte:


- Acima de tudo, queremos lembrar que são sempre os trabalhadores que determinam o resultado final de um processo reivindicativo por aumentos salariais e restantes condições. O processo negocial recentemente vivido na VW Autoeuropa, acompanhado do pronunciamento dos trabalhadores em 2 referendos é, evidentemente, prova desta mesma realidade;

- Dos resultados obtidos na negociação, os trabalhadores entenderam maioritariamente, por duas vezes, que estes eram insuficientes para compensar o esforço exigido e o descontentamento generalizado que se vive na empresa, o que levou a administração a melhorar o clausulado relativo ao aumento salarial (após o 1º referendo) e o clausulado relativo ao pagamento do valor do subsídio de turno (após o 2º referendo), nomeadamente;

- De uma forma geral, a Comissão de Trabalhadores trabalhou empenhadamente ao longo de todo o processo negocial no sentido de concretizar um pré-acordo interno com vista a elevar as condições para os trabalhadores da empresa onde, naturalmente, destacamos o empenho dos membros da C.T. eleitos pela Lista C nas eleições de 2015;

- Perante a nova situação, entenderam os membros eleitos da Lista C, defender junto dos restantes membros da C.T., que estavam reunidas as condições para a realização de novos Plenários com os trabalhadores, discutir com estes as novas propostas e prosseguir no sentido da concretização de um Acordo votado e aceite pelos trabalhadores e assim retirar das mãos da administração a possibilidade de impôr unilateralmente sem a mínima discussão e sem ouvir aqueles que são os principais decisores deste já longo processo;

- A maioria da C.T. assim não o entendeu e decidiu aceitar que a administração faça uma aplicação de forma unilateral e administrativa. Num último esforço, tentaram ainda os membros da Lista C, que se concretizassem Plenários e aí se pudesse, junto dos trabalhadores, que a C.T. fosse mandatada por estes a assinar um Acordo com as novas condições introduzidas. Também assim não foi possível chegarmos a um entendimento pelo que consideramos que, desta forma, não foi tida em conta a opinião dos trabalhadores sobre este resultado final.

Comunicado da Lista C da CT_2015/2018