ABRIMOS CAMINHOS !

Do processo reivindicativo de 2005 todos nós devemos retirar ensinamentos, dado que o mesmo constituiu uma viragem e se distinguiu de todas as reivindicações até agora realizadas.

Os trabalhadores assumiram com grande dignidade de assalariados uma forte resistência, que obrigou a Administração a sentar-se à mesa das negociações depois do rompimento e a alterar a sua posição.
É tanto mais de valorizar quando os trabalhadores foram sujeitos a uma pressão, a uma chantagem, que envolveu a Administração da Autoeuropa e o Governo utilizando para tal toda a comunicação social.
Os resultados alcançados não são os que nós desejaríamos mas também não são os que a Administração tentou impor.
E hoje, para nós, está claro que foi através da luta que os trabalhadores conseguiram melhorar as suas condições.
Na nossa memória não se apagará tão cedo, as duas grandiosas concentrações na frente do edifício do Administração. O percurso que fizemos pela fábrica foi uma demonstração de força e de unidade que marcou a nossa coesão e forçou a Administração a recuar e a perceber que unidos somos uma força determinada.
Do resultado do Referendo devem ser retiradas ilações pela parte da Administração. Um número significativo de trabalhadores continuou a dizer Não e muitos dos que disseram Sim fizeram-no, não abdicando de direitos mas sim concedendo temporariamente, numa perspectiva de os mesmos serem repostos a curto prazo.